Homenagem aos Economistas 2014

Memoráveis citações

                          

         Homenagem aos Economistas 2014                                                                

“Tudo é fugaz

Tudo se desfaz”

Neiva Pitta Kadota

Embora muito batida, recorro à expressão “Nossa, como o tempo passa depressa!”, para abrir este artigo em homenagem aos Economistas, profissão da qual muito me orgulho. Em 2010, por ocasião da passagem do Dia do Economista, publiquei nestas Iscas intelectuais, 150 citações de economistas. Dada a enorme repercussão que teve a iniciativa, decidi “repetir a dose” no ano seguinte, quando eram comemorados os 60 anos de regulamentação da profissão. Uma vez mais, a repercussão foi muito boa, de tal forma que, nos anos seguintes, continuei a fazê-lo, com alguns aperfeiçoamentos, como a classificação das citações por temas, seguindo a ordem alfabética do sobrenome de seus autores. Selecionar as citações em leituras de livros, jornais e revistas, ou mesmo das colaborações que me são enviadas, tornou-se um hábito agradável, que cultivo com enorme prazer. Ao pensar em elaborar a introdução do artigo deste ano, me dei conta que já é o quinto ano consecutivo em que faço esta homenagem. Daí a razão da epígrafe, com o poema O tempo, da Profª Neiva Pitta Kadotta, minha colega na FAAP, onde ministra aulas de Língua Portuguesa. Realmente, temos a sensação, às vezes, de que o tempo passa muito rápido. Mas não é sempre que temos essa sensação. Uma das motivações para senti-la acontece com as coisas que nos dão prazer. Selecionar as citações tem me proporcionado esse prazer. Espero que, ao lê-las, os amigos internautas desfrutem da mesma sensação!

Agências de risco

Essas agências de classificação de risco sabem muito pouco e têm critérios bastante duvidosos, o que nos leva a suspeitar de suas conclusões e ainda mais de suas previsões. Seu fracasso ficou demonstrado durante a crise de 2008.

        DELFIM NETTO, Antonio

 Ambientalismo

Os recursos não são infinitos, e é preciso decidir onde são mais necessários. Quando um projeto vai para a gaveta por conta da barreira ambientalista, empregos deixam de ser gerados. A paranoia ambientalista tem um elevado custo. Será que salvar o sapo do rio é mais importante do que ter energia nas indústrias? Quem responde que sim normalmente já possui uma casa com eletricidade.

         CONSTANTINO, Rodrigo

          Brasil

O dólar ‘verde-amarelo’ é bom, mas, quando o pessoal for querer, vai querer dólar mesmo. Tem de estar disposto a queimar um pouco de reserva,

 BACHA, Edmar

Você não pode entrar na competição global com uma carroça e concorrer com os caras que estão em carros de Fórmula 1.

BELLUZZO, Luiz Gonzaga

Boa parte de nosso subdesenvolvimento se explica em termos culturais; ao contrário dos anglo-saxões, que prezam a racionalidade e a competição, nossos componentes culturais são a cultura ibérica do privilégio, a cultura indígena da indolência e a cultura negra da magia

             CAMPOS, Roberto

Os leilões hoje são muito profissionais. Mas o governo demorou para entender. Em um bom leilão, você convoca os competidores e eles fixam a taxa de retorno. Ou você fixa a taxa de retorno e o leilão estabelece a porcaria que eu posso oferecer para essa taxa de retorno. O que não é possível é controlar os dois – a não ser por uma divina coincidência. Como Deus não se envolve nisso, é difícil de acontecer. Mas isso criou uma enorme desconfiança entre o setor privado e o governo.

      DELFIM NETTO, Antonio

As reivindicações de governadores e prefeitos não cabem no PIB brasileiro. Possivelmente, nem no americano.

      DELFIM NETTO, Antonio

O custo de tomar as medidas por ventura impopulares é muito menor do que o de não tomar. As pessoas têm de cair na real.

        FRAGA, Armínio

Estamos vivendo a consequência de uma década de descaso em relação ao assunto produtividade e competitividade. Ele foi erroneamente identificado como “assuntos neoliberais ou de tucanos”. O governo do PT adotou uma atitude hostil com relação a esse assunto até certa altura

         FRANCO, Gustavo

Não é preciso ser alternativo. Emprego e renda são objetivos importantes de qualquer governante, de qualquer boa política econômica. O problema que se coloca agora, para o futuro, é que estamos no pleno emprego, mas não temos crescimento. O desafio é elevar a renda de forma consistente com o aumento da produtividade. É esse o grande problema que espero que a eleição articule e consiga trazer esse debate para a população.

         FRANCO, Gustavo

A economia heterodoxa de Dilma Rousseff não parece buscar a prosperidade, mas um enfrentamento conceitual, uma tentativa de provar que o progresso pode ser obtido mediante maus tratos sistemáticos ao capital, como quem quisesse exibir as contradições do capitalismo de um novo prisma. É claro que a tentativa falhou, e falhará sempre. A heterodoxia sem o diabo do inflacionismo é uma equação que não fecha, um arremedo de ilusionismo, uma perda de tempo e dinheiro.

         FRANCO, Gustavo

Não está na hora de repensar o papel do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador)? E também do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), que vive de uma forma parecida? São fundos que pertencem aos trabalhadores, mas são utilizados e remunerados de uma maneira que não é a melhor para o dono do dinheiro. Os donos do FGTS somos nós, mas nós ganhamos TR mais 3% pelo recurso e quem usa não busca o melhor retorno. Está preocupado em fazer políticas públicas. Não sei se isso está correto. Eu, que sou o dono do dinheiro, poderia ser remunerado de acordo com a rentabilidade dos investimentos e não por uma taxa abusivamente abaixo da inflação. Essa seria uma mudança muito positiva para o Brasil.

FRANCO, Gustavo

O governo Dilma virou um balcão de demanda de grupos de interesse – inclusive dentro dos ministérios. Para muitos empresários faz mais sentido ter tido uma boa negociação no ministério do que buscar a produtividade e a eficiência. Eles [o governo] criaram tamanha incerteza quanto às regras de funcionamento da economia que os empresários se retraem. O cálculo de retorno do investimento fica fragilizado, incerto, em um ambiente desse tipo. A todo momento estão mexendo em regras fundamentais de previsibilidade que são essenciais para o cálculo econômico.

       GIANNETTI, Eduardo

Depois de 10 anos de governo há a falência do PT, que tem sido absolutamente incapaz de realizar mudanças estruturais no país. Só houve a consolidação do Modelo Liberal Periférico (que reúne o que há de pior no liberalismo e na periferia) e a manutenção da trajetória de Desenvolvimento às Avessas. O transformismo petista gera frustração e revolta.

         GONÇALVES. Reinaldo

Com fundamentos afundando, a probabilidade de ocorrer novo rebaixamento da classificação de risco do País vai crescer e não adianta depois reclamar. A conferir

       KHAIR, Amir

Assim como a sociedade e o governo brasileiro optaram pelo sistema político democrático, o mesmo deverão fazer pelo desenvolvimento, no qual o papel do Estado deverá ser: (1) coordenar o progresso econômico, social, educacional e institucional; (2) reduzir a carga fiscal sobre a produção e a renda dos trabalhadores; e (3) facilitar a inserção econômica na cadeia de produção global. O Estado deverá tornar mais eficientes os serviços públicos e assegurar sólida convivência dos investimentos públicos/privados na concessão de serviços à iniciativa privada, com vista à eficácia operacional da nova infraestrutura e da logística nacional.

        LOZARDO, Ernesto

Crises políticas ou econômicas – em certos casos, a combinação de ambas, em maior ou menor grau – levaram a um movimento de saída de capitais dos emergentes, que afetou o Brasil. Na Ucrânia, a crise é essencialmente de natureza política. Mas há países, como a Turquia, em que a crise é política e econômica. Na América do Sul, os dois casos gravíssimos são Venezuela e Argentina. Em ambos, há uma crise política misturada com problemas na economia. Na minha avaliação, a Venezuela é um caso terminal. Nos dois casos, o Brasil paga o preço por uma aposta equivocada na política latino-americana – se alinhar ao lado bolivariano que hoje, já não há como esconder , é mesmo o lado perdedor. Do ponto de vista econômico, estamos amarrados, entalados, nessa decisão.

       MENDONÇA DE BARROS, José Roberto

Já vivi o suficiente para saber o quanto é difícil de fazer as coisas, mas tenho convicção que uma alternativa para nos tirar dessa armadilha do baixo crescimento é mobilizar o investimento privado – mas também acho que isso só vai acontecer com a reconquista da confiança, com a estabilidade das regras, com projetos bem feitos a priori. O segundo motor, que não é do mesmo tamanho, mas é importante, é a exportação. É preciso resgatar a ideia, o orgulho, de um Brasil global trader. Aposentar a visão antiga, perdedora, que temos em relação ao Mercosul e a América Latina.

        MENDONÇA DE BARROS, José Roberto

Uma das noções que esta carta de conjuntura tem mais enfatizado ao longo dos anos é a pobreza analítica do debate econômico brasileiro, ainda que nele se envolvam políticos, intelectuais e articulistas de grande saber e notoriedade. Contudo, por alguma razão, nessas aferições do desempenho da economia nacional e de sua potencial trajetória persistem dois perigosos vícios: o raciocínio indutivo (isto é, a construção dos argumentos flui dos fatos e dados visualizados pelo analista para a inferência de princípios, “leis” ou resultados finais), e o engajamento prematuro dessa argumentação a uma ideologia política ou econômica. Diante dessas duas referências, tal debate acaba sendo pouco inovador, com os mesmos participantes seguidamente apresentando as mesmas linhas de raciocínio apenas atualizadas por novas evidências; igualmente, são tratados em compartimentos estanques as variáveis institucionais e as variáveis propriamente econômicas.

 MONTEIRO, Jorge Vianna

Não tenho segurança de que essa intervenção que o BC está fazendo tenha efeito. Além das mudanças lá fora, os fundamentos brasileiros estão mal, a economia não cresce.

NAKANO, Yoshiaki

O Brasil vive, na verdade, um apagão de mão de obra não qualificada.

NERI, Marcelo

O Brasil é herdeiro de velhas tradições ibéricas, marcadas por patrimonialismo e frágeis instituições fiscais.

    NÓBREGA, Maílson da

Segurar preços não é forma de combater a inflação. Tivemos experiência nos anos 70. Ela subiu e foi para a hiperinflação.

        PASTORE, Affonso Celso

O pior cenário para o Brasil seria uma ordem internacional baseada em acordos comerciais, fora da OMC, que criariam blocos econômicos com regras propostas por países (ou blocos de países) liderados pelos EUA ou pela União Europeia. Nesse caso, o Brasil e outros grandes países em desenvolvimento como a Índia, teriam muito pouca influência. Esses grandes blocos comerciais poderiam ter regras (particularmente, em temas como propriedade intelectual, proteção de investimento e outras) que depois seriam impostas aos países que não estivessem dispostos a participar desses blocos, sob pena de redução de oportunidades no comércio internacional. Para o Brasil, a negociação multilateral, ou seja, aquela realizada nas Rodadas de Negociação da OMC, é mais favorável do que as negociações comerciais regionais, lideradas pelos interesses de alguns grandes países industriais avançados, tais como as propostas no caso da ALCA e do TPPA.

     PRADO, Luiz Carlos Delorme

As contas de anos de inconsequência e de improvisação parecem ter chegado todas ao mesmo tempo. A política econômica vem sendo dominada pela recorrente necessidade de encobrir efeitos de medidas equivocadas tomadas no passado, com outras medidas equivocadas cujos efeitos terão de ser encobertos mais adiante. Um exemplo emblemático é a política populista de preços de energia, que redundou em deplorável castelo de cartas que hoje tem como pilares centrais o Tesouro e a Petrobras.

          WERNECK, Rogério L. Furquim

 Capitalismo

É divertidíssima a esquizofrenia de nossos artistas e intelectuais de esquerda: admiram o socialismo de Fidel Castro, mas adoram também três coisas que só o capitalismo sabe dar – bons cachês em moeda forte, ausência de censura e consumismo burguês; trata-se de filhos de Marx numa transa adúltera com a Coca-Cola…

  CAMPOS, Roberto

Joãozinho Trinta foi no alvo quando disse que os intelectuais é que gostam de miséria, pois os pobres gostam de luxo. Nada mais natural do que desejar melhorar as condições de vida. E nada melhor para isso do que o trabalho honesto em um ambiente de livre mercado. Lucro e trabalho são sócios nessa empreitada. O grande obstáculo é justamente o estado inchado, obeso, que cria burocracia asfixiante e arrecada quase 40% do que é produzido em nome da “justiça social”. Quem trabalha duro para criar riqueza e subir na vida não tem tempo para “salvar o planeta” ou construir “um mundo melhor”. Essas são as bandeiras da esquerda festiva, dos artistas que, do conforto de suas mansões, adoram detonar o capitalismo enquanto desfrutam de tudo de bom que só ele pode oferecer.

              CONSTANTINO, Rodrigo

Diante dos equívocos que cercam a concepção de “capitalismo”, é preciso insistir.  Ele é produto de uma seleção histórica que continua. Está longe de ser perfeito e acabado… É apenas um instante na longa busca do homem para chegar a uma organização social que lhe dê, ao mesmo tempo, ampla liberdade individual, aumente permanentemente a igualdade de oportunidades e seja relativamente eficiente para dar-lhe mais tempo livre para construir a sua humanidade.

               DELFIM NETTO, Antonio

Eu acredito no capitalismo, no livre mercado e na propriedade privada, não apenas como origem de eficácia e crescimento, mas também como elemento de liberdade individual. Sou muito positivo quanto a isso. Mas vejo que há um risco se não mostrarmos que existem formas de repartir os ganhos da globalização de forma mais equilibrada. Para que o processo virtuoso do capitalismo continue, é preciso que todos se beneficiem. Caso contrário, surgem tentações como as que assombram a Europa de hoje. Quando não conseguimos resolver nossos problemas domésticos e sociais, procuramos um culpado, que pode ser o imigrante, a Alemanha, a China, o Brasil

PIKETTY, Thomas

 Ciclos econômicos

Quando ocorre o processo de aumento nos preços, o aumento dos preços das commodities é geralmente mais rápido do que o aumento dos preços das matérias-primas, e mais rápido do que o aumento dos preços dos trabalhadores. […] Quando há queda de preços, a queda nos preços das commodities é mais rápida do que a queda nos preços das matérias-primas, e sempre mais rápida do que o custo da mão-de-obra.

  MARSHALL, Alfred

 Conhecimento e informação

A informação e o conhecimento são as armas mais importantes que a sociedade pode utilizar em benefício próprio. Quem concentra informação e conhecimento detém o poder e usufrui de condições propícias para defender seus interesses. Quem não dispõe de tais ferramentas passa a integrar a categoria dos ingênuos, manipuláveis e inseguros. […] O conhecimento é a capacidade de verificar se as informações recebidas de várias fontes têm fundamento ou são distorcidas. Construída ao longo do tempo e fruto de aprendizagem, essa capacidade permite acumular, entre outros, dados históricos, comparando-se a realidade de vários países. Facilita o surgimento de uma visão crítica dos acontecimentos.

     GUEDES, Odilon

 Copa do Mundo

 Já houve a ressaca do futebol, agora virá a ressaca financeira.

        MENDES, Marcos

 Crise econômico-financeira

Racionalidade significa que as pessoas respondem a incentivos de um modo que aumenta seu bem-estar. Aos consumidores do mercado residencial foram oferecidos os incentivos de taxa de juros baixas e pagamentos iniciais [entrada ou sinal] muito pequenos. Era racional aceitá-los.

   BECKER, Gary

 Corrupção

A facilidade com que funcionários de governos desviam dinheiro do petróleo para suas contas pessoais explica por que alguns dos países mais ricos em petróleo no mundo figuram também como os mais corruptos. Segundo a Transparency International Corruption Perceptions Index de 2011 (Índice de Percepção da Corrupção, da Organização Não Governamental Transparência Internacional), grandes produtores de petróleo como Nigéria, Indonésia, Angola e Iraque estão entre os países mais corruptos do mundo. A evidência simplesmente reflete o fato de que grande parte do assim chamado rent-seeking (um termo econômico para esquemas de corrupção e lobbies) é impulsionada pela renda representada pelo petróleo.

         MOYO, Dambisa

 Crédito, empréstimos

Empresas maduras contraem empréstimos para expandir seus negócios; novas empresas contraem empréstimos para começar seu negócio, e especuladores contraem empréstimos para adquirir e manter mercadorias.

            MARSHALL, Alfred

 Crescimento econômico, desenvolvimento e progresso

O progresso é como a bicicleta, não pode parar, nem mesmo desacelerar muito, sem gerar algum desequilíbrio na sensação de bem-estar. O Brasil precisa voltar a crescer, enfrentando os gargalos em infraestrutura, ampliando a qualidade da educação e buscando eficiência nos setores público e privado. Mas sem deixar de lado a dimensão cada vez mais importante do bem-estar, como qualidade dos serviços públicos e uso eficiente dos recursos.

             GOLDFAJN, Ilan

País pobre é aquele com futuro incerto, institucionalmente desorganizado e socialmente injusto. País emergente é aquele que tem a possibilidade de traçar seu destino, é um adolescente institucional, porém organizado e socialmente responsável. Países emergentes como o Brasil – com grande população, enorme riqueza natural, segurança jurídica e democracia – podem delinear seus futuros explorando suas vantagens competitivas em relação às das outras nações.

        LOZARDO, Ernesto

Os filósofos só fizeram interpretar o mundo de diferentes maneiras, mas o que importa, porém, é transformá-lo.

         MARX, Karl e ENGELS, Friedrich

Na quase totalidade dos países ricos e na maioria dos em desenvolvimento, a maré elevou todos os barcos nas últimas décadas, Mas os iates subiram mais do que os barcos menores.

          MILANOVIC, Branko

 Economia/Economista

Em economia política, a sabedoria tem dúvidas; a ignorância, certezas.

            BÖHM-BAWERK, Eugen von

Sempre que temos um problema econômico de difícil solução, substituímos a matemática pela matemágica.

           CAMPOS, Roberto

Graças a meu trabalho de economista, descobri a África. Nesse continente, reencontrei meu paraíso

     SALGADO, Sebastião

 Desde que descobri a fotografia, nunca mais parei de fotografar. A cada vez sinto um prazer enorme. Minha formação de economista me permitiu converter esse prazer instantâneo em projetos de longo prazo.

               SALGADO, Sebastião

 Educação 

A escola, pelo poder que tem e pelo tempo que fica com os alunos em fase de formação, precisa ser um fator dissuasivo. Em vez disso, ao tolerar a cola, ela apenas coloca mais lenha na fogueira da iniquidade. Em países onde há mais cola na escola, há mais desonestidade na vida adulta, e aqueles que mais colam são também os mesmos que, quando adultos, mais mentem para seus clientes, exageram despesas para seus empregadores e trapaceiam suas seguradoras.

           IOSCHPE, Gustavo

Se mesmo os melhores alunos das nossas melhores escolas são entulhados com mais do que conseguem digerir, e os demais, os alunos médios? Como suas escolas mimetizam as escolas de elite, a situação é grotesca. Ensina-se demais e eles aprendem de menos. Pelos números da Prova Brasil, pouco mais de 10% dos jovens que terminam o nível médio têm o conhecimento esperado em matemática! A escola está descalibrada do aluno real.

          MOURA CASTRO, Claudio de

 Estatísticas

 Se você torturar os dados suficientemente, eles irão confessar.

            COASE, Ronald

 Inflação

As primeiras teorias sobre a inflação eram como a cartografia primitiva: roteiros para a imaginação muito mais que representações científicas e confiáveis da verdadeira geografia. A inflação surgiu mais ou menos na mesma época e lugar que o “papel-moeda”, sendo muito natural e espontâneo que se associasse uma coisa à outra. Afinal, a inflação é a perda de poder aquisitivo da moeda, simples assim. No Brasil, entretanto, logo emergiu uma visão alternativa e imaginosa que tomava emprestada à engenharia uma palavra que mudaria para sempre nossa maneira de olhar as mazelas da economia: dizia-se que a inflação brasileira era “estrutural”. Esse palavreado nos colocava em pleno Quartier Latin e, com toda razão, conferia a devida complexidade ao fenômeno, que deixava de pertencer às más intenções de governantes fabricantes de papel pintado e passava ao domínio de criaturas temíveis, como os monstros que ilustravam os espaços vazios dos mapas de antigamente: latifúndios, gargalos, cartéis e pontos de estrangulamento. Tinha-se, assim, de forma nem tão sutil, uma transferência da culpa pelo problema, um truque de grande impacto sobre os debates públicos sobre o combate à inflação.

           FRANCO, Gustavo

O uso de controles de preços para combater a inflação tem sido um verdadeiro gol contra. Controles mantêm acesa a perspectiva de reajustes de preços administrados no futuro. Não se acredita na queda futura da inflação, apesar da atividade fraca. Com expectativas de inflação em alta, é mais difícil reduzir a inflação corrente (quem quer abdicar de reajuste com perspectiva de inflação em alta?).

         GOLDFAJN. Ilan

 Instituições

A incapacidade das sociedades de fazer que contratos sejam cumpridos de maneira efetiva e econômica é a fonte mais importante de estagnação histórica e subdesenvolvimento contemporâneo.

           NORTH, Douglass

 Intervenção governamental

A estatolatria prevalecente em nossa época faz com que o estado seja romantizado, visto como uma entidade abstrata pautada pelo interesse coletivo. Isso barra a análise das falhas de governo e a investigação sobre a existência de algum padrão a respeito do funcionamento da intervenção estatal.

 BARBIERI, Fabio

O governo deveria fazer muito menos coisas, de modo que pudesse se concentrar nas tarefas em que faz mais falta, como a polícia e as forças armadas, as infraestruturas, as redes de proteção social e a regulação de atividades com grandes externalidades.

     BECKER, Gary

O principal é o seguinte: de Pequim a Bruxelas, Washington ou Caracas, e além, a interferência estatal nos mercados de commodities é endêmica. Seja qual for a intervenção política na qual ela se apoie – protecionismo, subsídios, açambarcamento, até imposições –, o resultado me o mesmo: a introdução de incerteza na decisão sobre investimentos. Livros didáticos, ao menos no nível introdutório, sacralizam a interação de livre-mercado entre a oferta e a demanda, mas atualmente a verdade é que a dinâmica de recursos naturais imediata tem mais a ver com a política e os políticos do que com a economia ou os ideais. E a estratégia da China de se aproximar de governos pelo mundo afora mostra exatamente como isso se faz.

      MOYO, Dambisa

 Juros e inflação

Eu insisto que o juro não é a torneira que você abre ou fecha. Há coisas melhores que atacam mais diretamente o problema da inflação. É melhor tratar usando política fiscal e ações mais fundamentalistas do que deixar o Banco central carregando o piano. Quando nada mais resolve, são os juros que têm de trabalhar. Portanto, não dá para dizer a priori qual tem de ser o aumento de juro ou mesmo se vai precisar.

         FRANCO, Gustavo

Somos um ex-alcoólatra que está brincando de tomar um drinkzinho a mais.

      FRANCO, Gustavo

É preciso segurar o animal que começa a dar pinote.

       SANDRONI, Paulo

 Mercado

Em um mercado competitivo os empresários são livres para sugerir aos consumidores diferentes usos possíveis dos limitados recursos e o lucro é a recompensa aos empresários que melhor antecipam as soluções que geram mais valor do que o custo de oportunidade dos recursos empregados. O monopólio, como antes, é associado às restrições impostas pela regulação estatal ao processo competitivo de experimentação e não pela busca de equilíbrios competitivos eficientes.

   BARBIERI, Fabio

Os arrogantes desejam parir um mundo totalmente novo, zerado. Pensam ser possível ignorar tradições, experiências e o mercado. O mercado, aliás, é a instituição mais complexa que existe, e trata-se de uma formação lenta, por tentativa e erro, que envolveu e envolve milhões de agentes autônomos. O conhecimento é disperso, pulverizado, e, se um intelectual isolado pode ser muito mais sábio do que a média, isso não quer dizer que terá melhor conhecimento do que o todo. Assim, é temerário substituir o mecanismo de mercado pelo controle centralizado.

      CONSTANTINO, Rodrigo

Não é porque existem destilarias que as pessoas bebem uísque; é porque as pessoas bebem uísque que existem destilarias.

    MISES, Ludwig von

O mercado reage aos gostos dos consumidores com bens e serviços vendáveis, sejam os gostos refinados ou grosseiros.

 STIGLER, George

Hoje, depois do desastre, quase todos concordam que a necessidade da regulação é real – ou pelo menos seu número é maior do que antes da crise. A Ausência das regulações necessárias nos custou muitíssimo: as crises teriam sido menos frequentes e menos daninhas e os custos causados pelos reguladores e as regulações seriam irrisórias em comparação aos que foram gerados pela sua falta. Os mercados deixados por conta própria evidentemente fracassam – e fracassam com muita frequência.

 STIGLITZ, Joseph E.

 Modelos econômicos

Num mundo onde o futuro é opaco e não repete o passado, onde as tensões e atritos sociais se acumulam porque os agentes aprendem a defender-se da ação do governo e onde predomina a complexidade, emergências são sempre uma possibilidade. Temos de nos conformar, portanto, com o fato que mesmo nossos modelos mais sofisticados não puderam prever a crise porque, por definição, ela é uma emergência possível, mas não previsível. O problema é que eles não continham em si a possibilidade de sua ocorrência. Hoje sabemos que um bom modelo deve, pelo menos, internalizar uma pequena probabilidade do seu suicídio.

        DELFIM NETTO, Antonio

 Orçamento municipal

Precisamos todos exercer nosso papel de cidadão, acompanhar, debater e definir, quando ocorrerem as audiências públicas, as questões relativas ao PPA. Nunca é demais lembrar que os recursos definidos no PPA virão do dinheiro que sai do nosso bolso com o pagamento de tributos.

GUEDES, Odilon

 Plano Real – 20 anos

O risco é que a inflação ultrapasse o teto do sistema de bandas. Vários preços administrados estão defasados. O desafio é retomar a agenda de modernização: abrir comercialmente a economia, implementar reformas e controlar os gastos do governo para obter taxas de inflação mais baixas e menores taxas reais de juros, Só assim criaremos as bases para o Brasil sair da armadilha de baixo crescimento.

ARIDA, Persio

O problema hoje nem é mais de inflação, mas de carestia. Carestia no sentido de tudo ser muito caro no Brasil. Os preços são surreais. O Brasil virou um país muito caro. É um problema que combina dois fatores: a alta dos preços em si, que é a inflação, e também a baixa produtividade. Tudo aqui custa um absurdo. A economia é muito fechada e a carga tributária, absurda.

 BACHA, Edmar

As ameaças à solidez do real têm a ver com reformas que não foram feitas ou ficaram pela metade ou foram revertidas nos últimos anos. Regredimos em resultado primário e, assim, mantivemos um nível elevado de endividamento público. Não avançamos nas disposições sobre orçamento da Lei de Responsabilidade Fiscal, tampouco sobre planos de contas públicas.

       FRANCO, Gustavo

Havia muita coisa em jogo no plano simbólico: a moeda, como a bandeira e o hino, está entre os mais importantes símbolos nacionais, de tal sorte que sua degradação, quando levada ao extremo de uma hiperinflação, espalhava suas consequências para muito além da órbita econômica.

FRANCO, Gustavo

Os jornais do fim de semana comemoraram os 20 anos do Plano Real. O plano foi um marco, saímos da inflação alta e começamos a enxergar o futuro. Mas, anos depois, faltou dar-lhe sequência. Alguns mecanismos de indexação persistiram, o gasto público nunca parou de crescer e nos contentamos em manter o centro da meta de inflação em 4,5% (para que baixar mais?). O tempo foi passando e fomos recuando. Introduzimos novos mecanismos de indexação, acomodamo-nos no teto da meta de inflação (6,5%) e reintroduzimos controles de preços que nunca funcionaram no combate à inflação (na verdade, só pioraram).

GOLDFAJN, Ilan

 Política externa

As decisões de política exterior são, de modo geral, muito mais influenciadas por motivos irracionais.

 MYRDAL, Gunnar

 Política monetária

A política monetária é condição necessária mas não suficiente para levar à melhor taxa de crescimento sustentável, ao maior nível de emprego e ao equilíbrio de conta corrente. É preciso insistir que, por mais iluminada, competente e independente que seja, se não for acompanhada e coordenada com as políticas fiscal, cambial e salarial, ela só poderá atingir a sua “meta” a custos sociais que estão fora de toda razoabilidade do exercício político propriamente dito.

 DELFIM NETTO, Antonio

 Populismo

Os latino-americanos não conseguiram criar instituições sólidas como os americanos em prol da liberdade individual e do império das leis. Caímos constantemente na tentação populista, vítimas do “jeitinho”, sonhando com um messias salvador que vai, com mão de ferro,decretar o fim da miséria. Há malandro demais para otário de menos. Fracasso atrás de fracasso, resta-nos apontar o dedo para o irmão rico do norte e culpá-lo por nossas mazelas.

CONSTANTINO, Rodrigo

 Previsões

Se as cartomantes continuam sobrevivendo, é sinal de que a futurologia encontra um mercado tentador.

 SIMONSEN, Mário Henrique

 Relação entre democracia e desenvolvimento

Déficits democráticos não impediram o desenvolvimento econômico dos países atualmente desenvolvidos nos séculos XIX e XX. Na atualidade, o caso mais extraordinário é o desenvolvimento econômico da China a partir de 1978. O sistema capitalista chinês tem forte presença do Estado e opera sob regime político ditatorial. De fato, a China tem o capitalismo mais dinâmico, estável e provavelmente com a maior taxa de exploração do trabalhador da história mundial. Esse “modelo ideal” de capitalismo é dirigido pela nomenklatura do Partido Comunista chinês, com déficit absoluto de democracia e superávit de corrupção, nepotismo e patrimonialismo. Só para termos uma ideia do dinamismo econômico chinês cum ditadura, vale notar que a partir de 1978 o PIB chinês duplica a cada sete anos e que os números correspondentes para Grã-Bretanha (século XIX) e Estados Unidos (século XX) são 34 e 17 anos, respectivamente!

     GONÇALVES, Reinaldo

 Tripé da política econômica

Estamos com uma relação dívida líquida versus PIB em 35%, podendo cair para 30%. Na época do governo de FHC, essa dívida era muito maior. O momento do tripé foi no início da década passada. Defender esse modelo hoje é um retrocesso a uma política antiga.

  COSTA, Fernando Nogueira

Quem quer que ganhe [as eleições] vai ter que tomar medidas duras em 2015 para fazer o ajuste que está sendo renunciado por este governo. A situação como está não pode continuar. É insustentável.

    SANDRONI, Paulo

 Valor

Assim como nós não podemos falar da distância de um objeto a não ser pensando em algum outro objeto de modo que entre eles haja tal relação, também não podemos falar do valor de um bem a não ser em referência a outro bem com que ele seja comparado. Uma coisa não pode ser valiosa em si mesma sem referência a outra coisa, assim como uma coisa não pode estar distante, em si mesma, sem referência a outra coisa.

BAILEY, Samuel

        
Referências e indicações bibliográficas

BACHA, Edmar. ‘País precisa queimar reservas’, diz Bacha. O Estado de S. Paulo, 27 de agosto de 2013, p. B 4.

BAILEY, Samuel. A critical dissertation on the nature, measures, and causes of value (1825). Em ROBBINS, Lionel. Um ensaio sobre a natureza e a importância da Ciência Econômica. Tradução de Rogério Galindo. Revisão técnica de Pedro Garcia Duarte. São Paulo: Saraiva, 2012.

BARBIERI, Fabio. A economia do intervencionismo. São Paulo: Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2013.

BELLUZZO, Luiz Gonzaga. ‘Desembrulhar o pacote de 2015 não vai ser fácil’. Entrevista a Alexa Salomão e Ricardo Grinbaum. O Estado de S. Paulo, 20 de abril de 2014, p. B 4.

BENTIVOGLIO, Talita Niero. O mercado de crédito e sua relação com as crises econômicas. Monografia de graduação em Ciências Econômicas. São Paulo: FAAP, 2013.

BÖHM-BAWERK, Eugen von. A teoria da exploração do socialismo-comunismo. Campinas: Vide Editorial. 2013.

CASTRO, Ruy. Mau humor: uma antologia de frases venenosas. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

CONSTANTINO, Rodrigo. Esquerda caviar: a hipocrisia dos artistas e intelectuais progressistas no Brasil e no mundo. Rio de Janeiro: Record, 2013.

DELFIM NETTO, Antonio. ‘Existe um pessimismo muito acima do razoável’. Entrevista a Alexa Salomão e Ricardo Grinbaum. O Estado de S. Paulo, 30 de março de 2014, p. B 4.

_______________ Os novos modelos econômicos. Valor Econômico, 29 de abril de 2014, p. A 2.

_______________ Lições de desenvolvimento. Rumos, ano 38, nº 274, Março/Abril de 2014, pp. 10-13.

FRAGA, Armínio. ‘Gasto público deveria ser limitado por uma lei’. Entrevista a Alexa Salomão e Ricardo Grinbaum. O Estado de S. Paulo, 13 de abril de 2014, p. B 6.

FRANCO, Gustavo. ‘A política industrial é da década de 60’. Entrevista a Luiz Guilherme Gerbelli e Ricardo Grinbaum. O Estado de S. Paulo, 28 de abril de 2013, p. B 6.

_______________ O diabo do inflacionismo. O Estado de S. Paulo, 30 de março de 2014, p. B 5.

_______________ ‘É preciso retomar a agenda das reformas’. Entrevista a Alexa Salomão e Ricardo Grinbaum. O Estado de S. Paulo, 27 de abril de 2014, p. B 4.

_______________ Os amigos da inflação e seus disfarces. O Estado de S. Paulo, 25 de maio de 2014, p. B 7.

_______________ 20 anos da URV e do Plano Real. Jornal Notícias do Congresso Nacional. IDELB, ano III, nº 11, janeiro/fevereiro/março de 2014, p. 25.

GIANNETTI, Eduardo. ‘Investimento e educação devem puxar crescimento’. Entrevista a Alexa Salomão e Ricardo Grinbaum. O Estado de S. Paulo, 23 de fevereiro de 2014, p. B 4.

GOLDFAJN, Ilan. O bem-estar e a bicicleta. O Estado de S. Paulo, 1 de outubro de 2013, p. A 2.

_______________ Tem de querer. O Estado de S. Paulo, 1 de julho de 2014, p. A 2.

GONÇALVES, Reinaldo. Entrevista ao Jornal dos Economistas. Órgão Oficial do Corecon-RJ e Sindecon-RJ, nº 288, julho de 2013, pp. 6-8.

_______________ Regime militar e desempenho econômico. Jornal dos Economistas. Órgão Oficial do Corecon-RJ e Sindecon-RJ, nº 297, abril de 2014, pp. 10-11.

GUANDALINI, Giuliano. As ameaças ao Real no seu 20º aniversário. Veja, 2 de julho de 2014, pp. 54-64.

GUEDES, Odilon. Orçamento público e cidadania. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2012.

_______________ Entenda o que é o Plano Plurianual, que apresenta as despesas da cidade. Jornal De Olho no Plano de Metas, edição 01, dezembro de 2013, p. 14.

IOSCHPE, Gustavo. Enquanto isso, no Brasil… Veja, 2 de abril de 2014, p. 80.

JORGE, Rui Peres. Depois da ressaca no futebol, chegará a ressaca financeira. Jornal de Negocios (Portugal), 14 de julho de 2014.

KADOTA, Neiva Pitta. Enguias e estrelas: poemas. São Paulo: LCTE Editora, 2014.

KHAIR, Amir. Afundando fundamentos. O Estado de S. Paulo, 6 de abril de 2014, p. B 10.

LOZARDO, Ernesto. Se não voar alto, o gato come. Brasileiros, número 70, fevereiro de 2014, pp. 72-73.

MAINENTI, Mariana. Um tripé que divide opiniões. Brasil Econômico, 15 de outubro de 2013, pp. 4-5.

MARSHALL, Alfred and MARSHALL, Mary P. The economics of industry. Bristol: Thoemmes Press, 1994.

MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Obras escolhidas. São Paulo: Alfa-Omega, 1982, vol.1.

MENDONÇA DE BARROS, José Roberto. ‘O investimento privado vai nos tirar da armadilha’. O Estado de S. Paulo, 2 de março de 2014, p. B 6.

MONTEIRO, Jorge Vianna. Constituição do Risco & Raciocínios Indutivos. Estratégia Macroeconômica, volume 21, número 499, 21 de outubro de 2013.

MOURA CASTRO, Claudio de. Escola ideal para alunos não ideais. Veja, 5 de fevereiro de 2014, p. 24.

MOYO, Dambisa F. O vencedor leva tudo: a corrida chinesa por recursos e seu significado para o mundo. Tradução de Cássio de Arantes Leite. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

NÓBREGA, Maílson da. Por um verdadeiro orçamento impositivo. Veja, 21 de agosto de 2013, p. 28.

NORTH, Douglass. Custos de transação, instituições e desempenho econômico. Rio de Janeiro: Instituto Liberal, 1994.

PIKETTY, Thomas. É possível corrigir o rumo. Entrevista a Ana Clara Costa. Veja, 11 de junho de 2014, pp. 17-21.

PRADO, Luiz Carlos Delorme. Entrevista para o Jornal dos Economistas, órgão oficial do Corecon-RJ e Sindecon-RJ, nº 295, de fevereiro de 2014.

SALDAÑA, Paula e BURGARELLI, Rodrigo. Curso superior não significa alto salário. O Estado de S. Paulo, 21 de novembro de 2013, p. H 6.

SALGADO, Eduardo. Por que é tão desigual? Exame, 11 de junho de 2014, pp. 32-46.

SALGADO, Sebastião, com FRANCQ, Isabelle. Da minha terra à Terra. Tradução de Julia da Rosa Simões. São Paulo: Paralela, 2014.

SANDRONI, Paulo. Conselheiro da Rede faz defesa ferrenha do tripé. Valor Econômico, 15 de outubro de 2013, p. A 6.

STIGLITZ, Joseph E. O mundo em queda livre: os Estados Unidos, o mercado livre e o naufrágio da economia mundial. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

WERNECK, Rogério L. Furquim. Autoengano e realismo. O Estado de S. Paulo, 28 de fevereiro de 2013, p. B 2.

 Referências e indicações bibliográficas

CASTANHO, Manoel. Faleceu o economista Ronald Coase, ganhador do Nobel de 1991. Disponível em http://www.cofecon.org.br/destaques/205-outros-destaques/2773-faleceu-o-economista-ronald-coase-ganhador-do-nobel-de-1991.

DELFIM NETTO, Antonio. História nova. Jornal do Comércio, Porto Alegre, 11 de junho de 2014. Disponível em http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=164222.

TEIXEIRA, Alexandre e PORTO, Edson. Sua mente e a nova economia. Época Negócios. Disponível em http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,ERT97265-16380,00.html.

TUCHMAN, Barbara W. A marcha da insensatez: de Troia ao Vietnã. Tradução de Carlos de Oliveira Gomes. Rio de Janeiro: BestBolso, 2012.